sexta-feira, 24 de julho de 2020

Exploração da Identificação Projectiva através da Simbolização no estudo do Rorschach em Pré-Adolescentes



Resumo: Com objetivos no estabelecimento da natureza dos processos  mentais envolvidos na pré-adolescência, expressamente na relação eu(s)- Outro(s), inscrevemo-nos pelo e no método Rorschach, na busca do pensamento e conhecimento que ruma à compreensão das modalidades de funcionamento do pré-adolescente, fundadas na e em   relação, onde se debatem a estruturação, organização e recriação dos seus objetos internos e externos num jogo partilhado entre o pensar e o imaginar, onde o sujeito sendo ele próprio, pode ser o outro e sendo o outro pode ser ele próprio. Neste intercâmbio, característico da  pré-adolescência e estudado no Rorschach, funda-se no uso da identificação projetiva traçada num “ir e vir”  relacional de conteúdos cruzados, a noção de relação que pode desempenhar a função de continente significador e de significação, caracterizando-se como “instrumento do pensamento “ (F. Begoin-Guignard, 1991).

Palavras – Chave: Identificação projetiva, patológica, normativa, relação continente-conteúdo, ligação, desenvolvimento, criação, simbolização, intersubjetividade

Autora: Paula Dias, 2000

Estudo Das Funções e Das Características da Identificação Projectiva No Rorschach de Pré-Adolescentes e Adolescentes

Resumo: A partir das noções de relação e ligação, explorámos o papel e as funções do mecanismo de identificação projetiva no processo de transformação simbólica adolescente. Para alcançar o objetivo proposto, elaborámos um procedimento metodológico específico para o mecanismo de identificação projetiva, seguindo as conceptualizações que fundam o teste Rorschach como método.  Este estudo remete-nos para o papel da Identificação projetiva na construção da identidade subjetiva na adolescência constituída pelas premissas: Relação Eu – Outro, Relação, além do outro.


Palavras – Chave: Identificação projetiva, relação continente-conteúdo, ligação, functores, comunicação, transformação, conhecimento, desenvolvimento, crescimento, evolução, criação, simbolização, intersubjetividade e identidade subjetiva

Autor: Paula Dias, 2006

Um caso de hiperatividade na adolescência


Resumo:  Através dos parâmetros que têm vindo a ser discutidos como vias de entendimento para a hiperatividade, distinguimos, através de um protocolo Rorschach de um jovem adolescente diagnosticado com PHDA, alguns princípios para a compreensão desta patologia na adolescência. Utilizamos para tal os parâmetros da Escola de Paris e os da Escola de Lisboa para uma análise de um protocolo Rorschach. Dos resultados obtidos, salientamos a mania e a identificação, em toda a sua extensão conceptualizante como referências de interpretação para este caso.

Palavras Chave: hiperatividade, PHDA, mania, negação, identificação, posição depressiva, continente, função alfa, complexo de édipo, fase fálica, bi-triangulação, objeto-duo 


Autora: Paula Dias, 2019

A Função Subjetivante na Automutilação


Resumo: Neste artigo ensaiamos a importância da automutilação como ação subjetivante no processo adolescente, através da análise e interpretação de um protocolo Rorschach de uma jovem. Partimos dos parâmetros habituais para análise e interpretação do teste Rorschach: representação de si e representação das relações, da Escola de Paris e corpo e outro, da Escola de Lisboa, para encetar hipóteses sobre o conflito interno/externo que esta jovem apresenta, na procura da separação e distinção num processo cuja automutilação emerge como coadjuvante da função subjetivante.
Palavras-chave: automutilação, função subjetivante, masoquismo-sadismo, adolescência, Rorschach
Autora:Paula Dias, 2020

Depressão na Adolescência


Resumo: Neste artigo interpretamos e analisamos um protocolo Rorschach de uma depressão na adolescência, através dos parâmetros clássicos para Rorschach da Escola de Paris (Representação de Si e Representação das Relações) e dos parâmetros da Escola de Lisboa (Corpo e Outro).  A depressão com ideação suicidária é um dos maiores problemas que encontramos na adolescência. Dos resultados obtidos, parece-nos que da perda e da (re)novação, o sofrimento do impasse depressivo está além do corpo que se sexua e encontra bases nas relações primárias, as mesmas que parecem impossibilitar pelas vias da saúde a subjetivação, nomeadamente ao nível das (des)identificações.

Palavras-chave: impasse, psicopatologia na adolescência, depressão, agressividade, ideação suicidária, acting out, luto, melancolia, identificação

Autora: Paula Dias, 2020

Impossibilidade de Crescer no Adolescente Borderline




Resumo:  Apresentamos neste artigo um tipo de funcionamento borderline adolescente que não configura a possibilidade de progressão e reparação simbólica característicos do processo de subjetivação que ocorre nesta etapa da vida. Para esta análise utilizamos um protocolo Rorschach interpretado à luz dos parâmetros de analise e interpretação da Escola de Paris (Traunbenberg, N. R., 1976; Chabert, C. 1998) e os da Escola de Lisboa (Marques, M. E., 1999)

Palavras-chave:  funcionamento borderline, adolescência, posição esquizo-paranoide, psicose branca, objeto persecutório,

Autora: Paula Dias, 2019


Os métodos projetivos utilizados por nós, no grupo de estudos Rorschach  são o Rorschach, o T.A.T e o C.A.T. Decorrem da hipótese central de que as operações mentais abrem no decurso da passagem das provas projetivas. Esta abertura possibilita dar-nos conta das modalidades de  funcionamento psíquico de cada indivíduo, naquilo que o torna singular e distinto, em termos estruturais - de personalidade - mas também nos seus re-arranjos e articulações específicas.

Os principais mecanismos no imaginar projetivo são a percepção e a projeção. No primeiro, evocamos a ideia essencial na qual o indivíduo é submetido às excitações que vêm de fora mas também às que emergem de dentro, numa dialética entre mundo externo e mundo interno, de representações e afetos. O mecanismo de defesa de projeção é um processo habitual pelo qual um sujeito implica num outro uma realidade que sendo sua, não é. O mecanismo de percepção é um processo através do qual um sujeito atribui significado, organizando  e interpretando, um estímulo exterior.

As provas projetivas permitem recolher informações profundas dificilmente acessíveis por outras vias, aos quadros clínicos - em psicologia e/ou psicopatologia, às dinâmicas inerentes à complexidade psíquica humana.