O teste Rorschach foi criado por H. Rorschach, psiquiatra suiço, em 1917- 1918, no estudo da criatividade e imaginação sendo estas aquelas que ainda hoje se mantêm. A sua apresentação oficial foi feita em 1921, no «Psychodiagnostik». Enquanto Director do Hospital Krom Bach em Herisau, H. Rorschach pôde colher dados tanto de pacientes como de funcionários e estudantes, sistematizando o estudo Rorschach composto na altura por 40 cartões.
Por dificuldades de custos para a publicação de todos os cartões, foram apenas publicados 10 sendo ainda que dificuldades na impressão dos mesmos levaram a que estes apresentassem um sombreado que ainda hoje faz parte da sua apresentação, cotação e analise. A titulo de curiosidade, estes sombreados nunca poderam ser estudados e sistematizados pelo seu autor, pois apenas 37 anos sucumbiu à morte e não pôde publicar o primeiro trabalho com os 10 cartões que foram impressos, mais pequenos que os originais e com o erro de impressão, que ainda hoje marca a sua diferença.
O primeiro autor a publicar um estudo sobre os sombreados terá sido Hans Binder, em 1932, sendo que a partir daí o teste Rorschach começou a ganhar uma respeitabilidade pelo mundo fora através dos esforçoes de vários investigadores dos quais destacamos W. Morgenthaler, S.J. Beck e M.Herz.
Nos dias de hoje, encontramos as três principais vias de utilização e metodologia Rorschach: o Sistema compreensivo de J. Exner, o Teste Zulliger de Hans Zulliger e a Escola Francesa de C. Beizman, R. Zazzo, R. Perron, D. Lagache, D. Anzieu, N.R. Traubenberg, C.Chabert, C.Azoulay e M.Emmanuelli entre outros, sendo pois este instrumento da clinica projectista um dos instrumentos mais conceituado, pertinente, fundamentado, utilizado e investigado pelo mundo fora, no estudo do ser humano. É pois um instrumento ímpar.
« le Rorschach est une culture», Dr. Morali Daninos