sábado, 26 de novembro de 2011

Perspectiva Histórica T.A.T

Em 1935, C. Morgan e H. Murray publicaram o primeiro esboço do T.A.T, com 31 cartões e o primeiro livro «Exploração da Personalidade». Médico e Bioquimico, H. Murray propôs-se criar uma base cientifica para o seu teste projectivo, validando um inventário com variáveis de personalidade, sendo a posição interpretativa o de colocar em evidência a conflitualidade entre as necessidades do sujeito e os obstáculos no (re)encontro em face do ambiente. A partir de 1940, vários autores americanos se dedicaram ao estudo do T.A.T e do método Murray sendo Roy Shafer , em 1958, aquele que mais se destacou com o seu trabalho intitulado «How Was This Story Told?», marcando uma viragem importante para a psicologia projectista.




Em 1961, R.R. Holt destaca-se com a noção de produto cognitivo e L.Bellak (1954) aproxima o T.A.T. à teoria psicanalítica, marcando tambem uma diferenciação entre duas escolas do estudo do T.A.T, sendo esta delineada pelas conceptualizações inerentes ao funcionamento psiquico muito ligado à teoria pulsional e a questão da(s) autonomia(s). Tambem a partir dos anos 50, de importância vital para a evolução do T.A.T, V. Shentoub desenvolve estudos preocupando-se em situar a História - T.A.T enquanto produto psíquico, libertando-o das fontes da psicologia do Ego, pois sublinhou o caracter de construção que o T.A.T permite. Trona possível perceber e explicita o uso que um indivíduo faz das suas capacidades de re-organização e da criatividade.

Esta autora dispõe o método de interpretação pelas categorias - conteúdo manifesto e conteúdo latente – que é a problemática para a qual o estimulo reenvia, pela senda de construção. E são os trabalhos desta autora que possibilitaram os múltiplos desenvolvimentos e trilhos bem como a descoberta de metodologias pertinentes a outros campos. É um instrumento clínico de compreensão e de investigação com uma metodologia coerente à teoria que a sustenta, sendo o fantasma e a elaboração da história premissas importantes que predominam no  T.A.T, teste projectivo de grande mais valia e instrumento clínico pertinente e eficaz, sendo pois um dos testes mais estudados em psicologia.


Perspectiva Histórica Rorschach


O teste Rorschach foi criado por H. Rorschach, psiquiatra suiço, em 1917- 1918, no estudo da criatividade e imaginação sendo estas aquelas que ainda hoje se mantêm. A sua apresentação oficial foi feita em 1921, no «Psychodiagnostik». Enquanto Director do Hospital Krom Bach em Herisau, H. Rorschach pôde colher dados tanto de pacientes como de funcionários e estudantes, sistematizando o estudo Rorschach composto na altura por 40 cartões.

Por dificuldades de custos para a publicação de todos os cartões, foram apenas publicados 10 sendo ainda que dificuldades na impressão dos mesmos levaram a que estes apresentassem um sombreado que ainda hoje faz parte da sua apresentação, cotação e analise. A titulo de curiosidade, estes sombreados nunca poderam ser estudados e sistematizados pelo seu autor, pois apenas 37 anos sucumbiu à morte e não pôde publicar o primeiro trabalho com os 10 cartões que foram impressos, mais pequenos que os originais e com o erro de impressão, que ainda hoje marca a sua diferença.

O primeiro autor a publicar um estudo sobre os sombreados terá sido Hans Binder, em 1932, sendo que a partir daí o teste Rorschach começou a ganhar uma respeitabilidade pelo mundo fora através dos esforçoes de vários investigadores dos quais destacamos W. Morgenthaler, S.J. Beck e M.Herz.

Nos dias de hoje, encontramos as três principais vias de utilização e metodologia Rorschach: o Sistema compreensivo de J. Exner, o Teste Zulliger de Hans Zulliger e a Escola Francesa de C. Beizman, R. Zazzo, R. Perron, D. Lagache, D. Anzieu, N.R. Traubenberg, C.Chabert, C.Azoulay e M.Emmanuelli entre outros, sendo pois este instrumento da clinica projectista um dos instrumentos mais conceituado, pertinente, fundamentado, utilizado e investigado pelo mundo fora, no estudo do ser humano. É pois um instrumento ímpar.
« le Rorschach est une culture», Dr. Morali Daninos